O presente estudo tem como objeto de pesquisa o Mobiliário Neocolonial, produzido no Rio de Janeiro durante a primeira metade do século XX, principalmente entre as décadas de 1920 e 1940. O móvel Neocolonial representou através do resgate de heranças culturais do passado colonial nacional, o início de uma nova etapa na produção do mobiliário brasileiro.
Iniciamos este trabalho apresentando um panorama do Movimento Neocolonial e como ele foi divulgado no Brasil, particularmente no Rio de Janeiro, pelas revistas de arquitetura e decoração.
Em seguida, fazemos uma análise formal e estilística dos móveis que compõem o estilo Neocolonial através de imagens dessas revistas e de móveis de época captadas de antiquários e arquivos públicos e particulares.
No último segmento, analisamos as questões ideológicas fundamentais do Movimento – a tradição e a modernidade – relacionadas ao contexto sócio-cultural da época no país. Com base no referencial teórico dos autores Eric Hobsbawn e Antoine Compagnon, avaliamos esses dois conceitos que guiaram o pensamento do Movimento. Analisamos, por fim, o papel exercido pelo mobiliário Neocolonial na capital carioca e sua participação na construção da tradição e da modernidade nacionais.
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